sábado, 2 de junho de 2012

ARTIGO: FAMÍLIA


ESTIMADOS AMIGOS E LEITORES, PRECISO COMPARTILHAR ESTE LINDO TEXTO ESCRITO PELO MEU IRMÃO JOÃO FROES, E QUE FOI PUBLICADO EM JORNAL DE TRÊS DE MAIO, RS... UMA BELA REFLEXÃO SOBRE A FAMÍLIA. EIS NA INTEGRA:

Texto de minha autoria (João Froes) que está no Jornal Semanal de Três de Maio e região noroeste!!! Boa leitura!!

Por que casar!!! Família...!? Pra quê?
Quando converso sobre casamento e família ouço muitas afirmações, muitas dizendo que “o pastor fala bonito, mas que a realidade é bem diferente, muita gente por aí que se casou na igreja, tudo direitinho e vivem só brigando ou até já se separaram! Adiantou alguma coisa eles terem casado na igreja? Se as almas não combinam, não tem jeito, não adianta fingir!”. Convido você caro leitor a perguntar-se para si de quem é a culpa! Das pessoas, da família, da sociedade ou do Amor (com letra maiúscula)?
A constituição da família foi um valor produzido ao longo da história da humanidade. Philippe Ariès cita em sua obra “História Social da Criança e da família” que a representação do sentimento de família emerge no século XVI e XVII, mas que algumas representações começam a ser descritas na iconografia (estudo dos assuntos representados nas obras de arte, de suas fontes e de seu significado) do século XII em diante. Esta análise iconográfica dá-se a concluir que o sentimento da família era desconhecido na idade média; apenas o sentimento era desconhecido por que a família já existia.
A família sempre existiu, uma prova disto são algumas imagens grafadas nas rochas em cavernas milenares. Mesmo que não existisse um sentimento de afetividade e sensibilidade, era importante para procriação e desenvolvimento da extensão dos integrantes da família (que deviam participar de todas as atividades de produção de alimentos e moradia). Significava também a manutenção de uma espécie humana sadia, aonde as linhagens e dinastias manteriam a sua raça (grupo de indivíduos cujos caracteres biológicos são constantes e passam de uma a outra geração: raça branca, raça negra, raça amarela, raça vermelha) pura.
Mas muitos preconceitos/estereótipos foram rompidos demasiadamente ao longo do percurso da evolução dos sistemas sociais e o casamento então alcançou a liberdade almejada; almejado no sentido de o homem e a mulher ter os mesmos direitos e deveres, sem o sentimento de posse ou benefícios para somente um dos sujeitos desta relação matrimonial.
Casar-se por amor, indiferente a classe social ou racial foi uma conquista recente; mas até onde chegaria (ou chegará) esta liberdade alimentada por uma paixão ou tesão infamante capaz de se extinguir na primeira situação de dificuldade confrontada?
Estamos sitiados por uma mídia que expõe a virilidade do humano, corpos cada vez mais desnudos e a televisão invasiva nos relacionamentos. E o que era considerado um valor passa a se constituir num sonho (um conto de fadas). Casar? Família? Pra quê? Homens e mulheres procuram por seu par ideal constantemente, encontram-se, quanto mais rapidamente ajuntar-se melhor, não há tempo a perder, corações vazios e apaixonados que procuram incansavelmente a felicidade e o amor. Lembro que o sexo por si só não é sinônimo de felicidade!!!
Quem encara o casamento ainda é tachado de “careta”, basta à libido diminuir ou o confrontamento com as dificuldades do cotidiano e o casamento já poderá abalar-se. Por que será? Talvez pela oferta ou procura!!! Até parece que casamento virou negócio ou talvez algo do tipo “ciência política”; muitas vezes (arrisco afirmar que talvez na maioria das vezes) é realizado sob muitas promessas. Como diz o ditado popular: “Quando a esmola é demais, desconfie do santo”!! Perdeu-se a essência do amor... Humm que romântico!!! AMOR para mim supõe comunhão de pessoas, união, acolhimento, doação!!! Será que você leitor também têm esta compreensão?
Penso em determinados momentos, como se fosse um transe com a aurora boreal (meu sonho de vê-la antes de minha partida desta dimensão) que estamos regredindo no tempo, perdendo o sentimento de família, apenas reproduzindo, satisfazendo os prazeres carnais e nada mais. Com o advento do regime econômico, político e social moderno (capitalismo) a independência pessoal e o desenvolvimento de uma sociedade consumista se fortaleceu. Vivemos numa época de que tudo é descartável... O sistema familiar está se desintegrando cada vez mais... S.O.S família/casamento... Salve-se quem poder ou quem se permitir ser salvo... afinal, valores são valores, cada um tem os seus... depois não reclamem!!!

João Ricardo P. Froes
Licenciando em Pedagogia/Setrem/7° Semestre/2012.

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