quarta-feira, 18 de junho de 2008

QUEM DERA...

Quem dera ser...
Aquele que faz a diferença,
Que constrói a paz...
Que devolve alegrias aos tristes
Que abraça e conforta!

Quem dera ser...
Uma ponte a unir pessoas
Um caminho a levar paz
Um veiculo do amor
Uma ave da esperança.

Quem dera ser
Aquele vento suave que traz conforto
Uma estrela que brilha...
Uma lágrima de alegria a banhar seu rosto
A sua felicidade!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ser pai nos dias de hoje

SER PAI NOS DIAS DE HOJE

A cada dia que passa, nos deparamos com novas descobertas e conquistas. Mas também surgem coisas que nos inquietam e preocupam. Por exemplo, a violência que cresce de forma assustadora; as drogas e as prostituições que buscam atingir nossas crianças e jovens. Além de tudo ainda é comum nos depararmos com famílias cada vez mais desestruturadas. Tudo nos assusta e muitas vezes temos a sensação de que não existem mais soluções e que a melhor coisa a fazer-se é ignorarmos e ficar isolado em si mesmo. Todos sabemos que isto não resolve, mas apenas piora a situação que nos tornará pessoas infelizes e fracassadas.
Diante da realidade que vivemos neste século XXI, sabemos que não é nada fácil para os adultos e então imaginemos para as nossas crianças e jovens que estão começando suas vidas. Será que eles terão estrutura suficiente para organizar suas vidas conforme a realidade atual? Será que eles terão sucessos em seus planos e projetos? O que podemos esperar do amanhã? Acredito que aí entra de forma indispensável a importância da família, de forma especial do pai.
Sou casado e pai de três filhos. Trabalho diretamente com crianças e jovens. Diante de tudo que observo e vejo, fico refletindo, especialmente quando estou com os meus filhos, o que é ser pai nos dias de hoje? Que tipo de pai devo ser? Como meus filhos gostariam que eu fosse? Quais minhas funções básicas e vitais para que meus filhos possam viver bem e estarem assim preparados para enfrentar a vida? Qual minha importância na vida deles? Numa sociedade preconceituosa e capitalista como posso ser diferente para o bem dos meus filhos?
Olhando para o passado, veremos que a função de um pai sempre foi prover o básico e necessário para a sobrevivência dos filhos. Essas necessidades se limitavam a dar comida, roupa e moradia, até que o filho pudesse estar estruturado para casar-se e formar uma nova família. Tudo se passou de gerações a gerações. Será que hoje ainda continua a mesma coisa? Acredito que sim, mas com algumas exigências a mais, que nos estão sendo impostas pela sociedade do século XXI.
Alguém me disse certa vez que “ser pai hoje é ser palhaço”. Fiquei refletindo e cheguei a uma conclusão: Essa frase tem duplo sentido e ambos podem descrever bem o ser pai. Primeiro quando diz que é ser palhaço, nos leva a refletir a função de um palhaço. O palhaço leva alegria, conforto e distração. Será que também esta não é uma função de um bom pai? Será que nossos filhos querem um pai ditador e sério? Antigamente isto parecia ser requisito básico. E segundo, o palhaço sabe o que faz e o que vai fazer. O palhaço é criativo e adapta-se facilmente a realidade onde está. Será que isto também não seria necessário ao bom pai? O palhaço sabe cativar as crianças e os jovens de forma especial! Será que os pais dos dias de hoje sabem cativar seus filhos?
Ainda cabe-nos lembrar que ser pai não é apenas dar dinheiro aos filhos ou moto para eles divertirem-se. Ser pai nos dias de hoje é muito difícil. Não falo de conceber uma criança, pois isto todo homem é capaz mediante uma relação. O que é difícil para nós homens deste século, é estarmos juntos de nossos filhos, estabelecendo um bom relacionamento familiar e social, e prepará-los para a vida futura adaptando-se a realidade a que estamos inseridos. Por isso, ser pai nos dias de hoje, acredito que seja saber conviver com as diferenças existentes entre as faixas etárias no relacionamento de pai e filho, e também saber conviver com as exigências básicas que a sociedade capitalista nos impõe, não fugindo jamais da realidade e do contexto onde estamos, sem perder o limite e a autoridade. Sendo como o palhaço que sabe respeitar, é respeitado e sempre é ouvido e admirado por todos, levando paz e alegria aqueles que mais precisam e que são a razão de nosso viver, os nossos filhos.

Sebastião Santo Prestes Froes